Existem muitas razões convincentes para cultivar uma horta orgânica. O aumento dos preços dos alimentos, a incerteza econômica, a gestão ambiental e as preocupações com a saúde em relação aos produtos convencionais são apenas alguns exemplos. Depois, há o fato de que Deus criou o homem para viver e trabalhar no jardim (Gen 2:15). Deus planejou andar com o homem no jardim todos os dias! Existe alguma razão mais convincente do que essa? Mas, muitas vezes existe uma grande lacuna entre a convicção e a realidade! Muitas pessoas não têm o conhecimento ou a confiança necessária para sair para a horta.
O objetivo deste artigo é dar a você algumas sugestões práticas para começar o que esperamos ser uma aventura para toda a vida na sua horta. Os sete segredos que examinaremos realmente não são segredos, apenas chaves, frequentemente esquecidas ou subutilizadas para o sucesso. Um artigo deste tamanho não pode começar a fazer justiça a esses tópicos, mas espero que possa estimulá-lo o suficiente para encorajar mais estudos e experimentação.
1) Cresce em canteiros, não em leiras
O tradicional “cultivo em leiras” faz sentido se você estiver plantando ou cultivando com animais ou tratores, mas para uma horta doméstica você pode utilizar seu espaço com muito mais eficiência plantando em canteiros. Com canteiros há menos caminhos para a remoção de ervas daninhas, menos compactação do solo em sua área de cultivo e maior produtividade.
Usamos um canteiro de 80 cm de largura porque é fácil de montar, pisar ou alcançar. O ávido jardineiro e autor Eliot Coleman, cujos livros inspiraram toda uma nova geração de jardineiros, padronizou a largura do canteiro de 80 cm e baseia nela todas as recomendações de espaçamento e correção de solo. Ele também projetou uma série de ferramentas de qualidade adequada para essa largura.
As trilhas de caminhada entre os canteiros devem ter geralmente cerca de 30 cm de largura, para que não se pise nos canteiros. Os canteiros podem ter o comprimento necessário, mas 7 m é um bom comprimento de jardim doméstico (um comprimento padrão torna os cálculos do jardim muito mais fáceis).
Nós demarcamos os quatro cantos de nossos canteiros com vergalhão, que são usados para o concreto. Em seguida, deslizamos um pedaço de tubo de PVC sobre o vergalhão para ajudar a prevenir acidentes. O fio do construtor funciona bem para marcar as bordas do canteiro durante o estágio de preparação do canteiro. Se a área do seu canteiro for coberta com grama ou ervas daninhas, uma pá bem afiada pode ser usada para cortar as bordas, e para retirar a grama com as raízes (que serão usados na pilha de compostagem). Ou se preferir, use um moto-cultivador para incorporar toda aquela boa matéria orgânica.
Em seguida, afofamos o solo com um espadanar garfo. Empurre o garfo o mais fundo possível (aproximadamente 30 cm). Tente quebrar os torrões e tirar as pedras, mas não vire o solo! O objetivo é soltar e arejar o solo, deixando suas camadas naturais intactas. Embora haja algumas vantagens na cavagem de duas camadas, ou afrouxar o solo até uma profundidade de 60 cm, também existem algumas desvantagens – a maior é o número de pessoas que são desencorajadas a cultivar por esse trabalho! É um trabalho árduo, por isso recomendamos que você comece soltando somente uma camada, e depois pode ir mais fundo mais tarde, se seu tempo e energia permitirem. Uma vez que o solo esteja solto, ele pode ser mantido assim, usando uma ferramenta maravilhosamente fácil chamada forquilha larga, uma ou duas vezes por ano.
Se você tiver tempo e paciência, pode permitir que a natureza melhore a textura do solo dos seus canteiros cobrindo-os com jornal (que não seja papel brilhante) com três ou quatro folhas de espessura e, em seguida, adicionando muita cobertura vegetal orgânica por cima. Mantenha a cobertura úmida, mas não encharcada, e deixe a natureza fazer o que ela faz tão bem – transformar plantas mortas em húmus rico. Continue a adicionar mais cobertura vegetal conforme a matéria orgânica existente vai se decompondo. Em um ano você terá um solo bonito e quebradiço.
Muitas pessoas perguntam sobre canteiros elevados. Se você mora em rocha sólida ou tem problemas de drenagem de água, canteiros elevados podem ser sua única opção. Eles certamente têm uma boa aparência, se feitos corretamente, e eliminam a necessidade de se curvar até o chão, mas exigem muito mais despesas e trabalho. Nossa recomendação é: não os use, a menos que seja necessário. Se você decidir usá-los, evite madeira tratada com pressão ou creosotetrada. Tente usar pedras, blocos de cimento, toras, cedro ou plástico.
2) Alimente o solo, não a planta
A boa nutrição do solo constitui uma das principais diferenças entre a agricultura convencional e a orgânica. A agricultura orgânica se concentra em alimentar os microorganismos do solo com as matérias-primas, pó de rochas e matéria orgânica, necessárias para prosperar. Microrganismos benéficos então, por meio de processos incrivelmente complicados e complexos, fornecem à planta o que ela precisa e quando ela precisa! A agricultura convencional se concentra em alimentar a planta com certos nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio (N-P-K). Frequentemente o solo é “tratado como sujeira”. É muito parecido com a diferença entre comer alimentos completos em seu estado natural, e tomar suplementos.
Antes de saber como alimentar o solo, é preciso saber sua condição. Isso pode ser verificado fazendo um bom teste de solo. Pegue uma pá e faça um “V” de 15 cm de profundidade no solo do seu jardim. Em seguida, usando sua pá, raspe uma fatia de solo de um lado do V. Coloque essa terra em um balde de plástico limpo. Repita este processo de 8 a 10 vezes aleatoriamente em todo o canteiro de seu jardim. Misture todas as amostras em seu balde e, em seguida coloque cerca de meio quilo de solo em um saco plástico adequado e envie a amostra para um laboratório confiável.
Depois de conhecer as condições de seu solo, você pode ajustá-lo com os corretivos de solo. Aqui estão algumas sugestões: Se você precisar de nitrogênio, o que a maioria dos solos precisa, adicione farinha de plantas como alfafa, soja, caroço de algodão ou fubá. Você também pode usar farinhas de peixe ou penas. Se o solo for deficiente em fósforo, o fosfato rochoso é geralmente a melhor escolha para adicionar (se não tiver disponível, use farinha de ossos). O potássio pode ser fornecido a partir de cinzas de madeira ou sulfato de potássio orgânico. A cal fornece cálcio e ajusta o pH. A dolomita pode fornecer magnésio além desses benefícios. Os minerais de traços geralmente podem ser fornecidos de forma adequada com o uso de farinha de algas ou farinha de alfafa, além de uma compostagem com matéria-prima variada. O enxofre é outro elemento que pode ser necessário.
Apesar de recomendarmos usar as correções mencionadas acima, se possível, nunca se esqueça de que um compostagem de boa qualidade é o melhor equilibrador do solo. O compostagem aumentará um pH baixo e diminuirá um alto. Ele fornecerá micronutrientes, bem como a maioria (senão todos) dos principais nutrientes. Na verdade, Eliot Coleman afirma que fazer compostagem é o fator mais importante em uma plantação orgânica! Com isso em mente, vamos falar um pouco mais sobre o que está envolvido na fabricação de compostagem.
Produção de Compostagem
O compostagem resulta da decomposição da matéria orgânica. A matéria orgânica é composta principalmente de fontes de carbono e nitrogênio. A decomposição funciona melhor com temperatura, umidade e ar adequados, juntamente com uma proporção adequada de carbono/nitrogênio. O controle dessas cinco variáveis resulta em um compostagem de alta qualidade.
Pense em uma pilha de compostagem como uma lasanha, com camadas alternadas de macarrão (ingredientes secos com alto teor de carbono, como palha, talos de milho e ramas velhas de tomate) e molho (materiais verdes com alto teor de nitrogênio, como aparas de grama fresca, lixo orgânico e ervas daninhas recém-arrancadas). Polvilhar terra nos ingredientes verdes ajudará a inocular a pilha com microorganismos benéficos que facilitarão o processo de decomposição. Lembre-se de que a proporção adequada requer muito mais carbono do que nitrogênio. Aqui estão alguns outros pontos a serem considerados para fazer um bom compostagem:
- A palha é o ingrediente seco perfeito. Sendo oca, ela fornece bastante ar para a pilha.
- O nível de umidade ideal da pilha deve ser como uma esponja espremida.
- Se sua pilha fede, é pastosa ou atrai moscas, refaça/reconstrua com mais “macarrão”/materiais secos e ricos em carbono.
- Se sua pilha não está se decompondo, ela precisa de mais umidade, ar ou “molho” (material verde).
- Você pode iniciar uma pilha inativa fazendo furos nela com uma barra e despejando uma emulsão de peixe líquida ou melaço (aproximadamente meia xícara por 7l de água).
- Quanto mais você virar ou arejar sua pilha, usando uma forquilha, mais rápido ela se decompõe.
- O tamanho ideal da pilha é de aproximadamente 130 – 200 cm quadrados. Se for maior do que isso, você precisará fazer orifícios no centro da pilha para arejar, ou então formar a pilha em uma leira (130 – 200 cm de largura e tão longa quanto necessário).
- Tente fazer seu recipiente de compostagem com fardos de palha empilhados na altura de dois fardos, ao longo das laterais. Depois de um tempo o recipiente se tornará ingrediente para a próxima pilha!
- Mantenha sua pilha coberta em clima úmido para evitar muita umidade.
3) Transplante o máximo possível; semeadura direta o mínimo possível
A menos que você tenha realmente um bom controle de ervas daninhas em seu jardim por vários anos, a semeadura direta é muitas vezes como jogar seus “cordeiros” (sementes) para os “lobos” (ervas daninhas, insetos, etc.)! Mas existem algumas culturas que recomendamos para semeadura direta:
- Culturas enraizadas, como cenouras e pastinacas,
- Culturas de baixo retorno por metro quadrado, como milho,
- Leguminosos, incluindo feijão e ervilha,
- Culturas de rápido crescimento, como rabanetes e rúcula,
- safras de “microgreens” plantadas em alta densidade, como a alface.
Semeadura Direta
Aqui estão algumas sugestões para plantações de semeadura direta:
- Plante em uma “canteira velha” para obter uma vantagem inicial sobre as ervas daninhas (consulte a próxima seção para mais informações).
- Use um barbante para marcar suas linhas. Isso torna o cultivo mais fácil.
- Suponha que até 50% de suas sementes não germinem. Então, se você quer uma planta a cada 10 cm, coloque uma semente a cada 5 cm.
- Como regra geral de plantio, cubra as sementes com três ou quatro vezes o diâmetro. Por exemplo, plante uma ervilha de 5 mm com 2 cm de profundidade. Em solos frios ou compactos, plante as sementes um pouco mais rasas. Em solos quentes ou arenosos secos, plante ligeiramente mais fundo.
- Mantenha o solo úmido (não encharcado) até a germinação. Isto é muito importante!
Mudas
Agora, vejamos algumas das vantagens das mudas. Eliot Coleman diz: “Uma semente plantada no campo é uma aposta, mas uma muda saudável de três a quatro semanas, colocado no campo, fornece uma colheita quase certa”. Isso deve ser motivo suficiente, mas há mais. Quando você inicia crescer a planta como muda, você tem um controle muito melhor sobre os fatores que afetam a germinação e o crescimento da planta, como temperatura, luz, umidade, fertilidade e outros. Além disso, a muda pode prolongar a estação de cultivo, e assim utilizar a área do jardim com muito mais eficiência. Ao terminar a colheita das cenouras da primavera, por exemplo, você pode ter mudas de abóbora com três ou quatro semanas prontas para plantar imediatamente – adicionando efetivamente essas três ou quatro semanas à sua estação!
As vantagens adicionais incluem dar a você um grande salto no controle de ervas daninhas. Com as mudas você pode cultivar e capinar imediatamente, ao passo que com a semeadura direta, pode ser necessário esperar duas ou três semanas antes que suas plantas tenham surgido. Além disso, não há necessidade de desbaste e você não tem grandes espaços vazios onde as sementes não germinaram bem. Finalmente (e obviamente), as safras transplantadas amadurecerão mais cedo do que as de semeaduras diretas. Você pode comprar mudas, mas preço, qualidade, seleção e disponibilidade limitada são boas razões para cultivar os seus próprios.
Começar as mudas não é difícil. Se você seguir as sugestões descritas abaixo, deverá ter sucesso desde o início:
- Embora existam muitos tipos diferentes de recipientes para sementes iniciais e todos funcionem, nosso método favorito são os blocos de solo que não usam nenhum recipiente. Você pode usar um molde de metal específico para pressionar pequenos blocos de solo com um orifício na parte superior, prontos para a semeadura.
- Recomendamos o uso de uma “mistura de plantio sem solo” à base de turfa. Isso garante menos chance de doenças transmitidas pelo solo, matando suas mudas. Para fins de jardinagem em pequena escala, você pode comprar uma sacola pré-misturada na loja agrícola. Se você está crescendo em uma escala maior, fazer sua própria mistura será uma boa opção. Aqui está a receita muito simples que usamos há anos:
- 3 baldes de musgo de turfa (Nota: 1 “balde” = 7 litros)
- 3 baldes de compostagem de alta qualidade
- 1 balde de perlite
- 2 xícaras de mistura de fertilizante (partes iguais de farelo de soja ou outro fertilizante com alto teor de nitrogênio, cinza e fosfato rochoso).
- As mudas podem ser cultivados dentro de casa, usando luminárias fluorescentes baratas. Você nem mesmo precisa de lâmpadas especiais para mudas. Basta manter as lâmpadas fluorescentes o mais próximo possível das plantas, sem realmente tocá-las. Eleve as luzes conforme as plantas forem crescendo. Não dependa apenas de uma janela ensolarada! Mesmo as janelas voltadas para o sul produzirão plantas finas e altas, buscando para a luz.
- A maioria das sementes germina melhor entre 21 e 26 ° C.
- Num clima frio, use tapetes de aquecimento debaixo das bandejas, para germinar culturas de clima quente, como tomate, pimentão e berinjela.
- Regue apenas quando o solo começar a secar. A rega excessiva provavelmente mata mais transplantes do que qualquer outra causa!
4) Cultive; não extirpe ervas daninhas
Quando os agricultores de orgânicos são questionados sobre quais são seus maiores desafios, as ervas daninhas estão no topo da lista! Vamos permitir que Eliot Coleman defina nesses termos: “O cultivo é a agitação superficial da superfície do solo para cortar pequenas ervas daninhas e prevenir o aparecimento de novas. A remoção de ervas daninhas ocorre depois que elas já estiverem estabelecidas.” Outra forma de afirmar isso, é que o cultivo evita a extirpação de ervas daninhas. Se você esperar até que o jardim comece a ficar cheio de ervas daninhas, você esperou demais! O ideal é que o solo seja cultivado (agitado suavemente) antes que as ervas daninhas sejam visíveis. Funciona assim com o caráter também! Aqui estão algumas sugestões para ajudá-lo a vencer a guerra contra as ervas daninhas:
- Experimente o método do “canteiro velho”:
- Prepare seu canteiro para o plantio com uma semana ou mais de antecedência.
- Irrigue bem para estimular a germinação de ervas daninhas.
- Cultive o canteiro bem raso (para retirar as ervas daninhas), ou melhor ainda, quando apropriado, use uma tocha de propano para aquecer o canteiro antes do plantio.
- Repita a rega, germinação e despacho/cultivo de ervas daninhas se tiver tempo. Isso eliminará 80% ou mais de suas ervas daninhas, antes mesmo de plantar!
- Tente trabalhar o solo de maneira que não traga à superfície sementes de ervas daninhas do depósito, do mais profundo no solo. Em outras palavras, não revire o solo.
- O ideal é fazer o cultivo pela manhã em dias quentes e secos.
- NUNCA deixe as ervas daninhas chegar a floração. “A semeadura de um ano é a remoção de ervas daninhas de sete anos!” Se você não conseguir manter as ervas daninhas sob controle, use uma roçadeira ou um cortador de grama, para pelo menos cortá-las antes que suas sementes amadureçam.
- Safras de cobertura vigorosas, ou “safras sufocantes”, semeadas e cultivadas em várias épocas do ano, irão competir com as ervas daninhas e, assim, diminuir sua contagem de sementes no solo.
- Usar as ferramentas certas torna o cultivo muito mais eficiente e agradável. Nossas favoritas são a enxada de estribo ou a enxada de erva daninha.
5) Cubra o solo; não o deixe vazio
Embora todos nós amemos a aparência de um jardim com lindas fileiras de plantas saudáveis e solo limpo e macio entre elas, isso não é natural. Toda natureza é projetada para vestir o “solo nu”. Você estará lutando contra as forças da natureza para mantê-lo descoberto, e mais cedo ou mais tarde, perderá! Então, por que não trabalhar com a natureza para vestir o solo? Será mais saudável e você será mais feliz!
Após a sua semeadura ou transplante inicial, você precisará cultivar por quatro ou cinco semanas (pelo menos três cultivos) para ajudar sua plantação a se estabelecer sem competição com as ervas daninhas. Então é hora de cobrir o solo. Aqui estão algumas dicas:
- Use uma cobertura morta, com material orgânico espesso o suficiente para impedir a germinação de ervas daninhas; palha, feno velho, folhas picadas e grama cortada são algumas opções. Esta é uma ótima maneira de aumentar a fertilidade do solo, reter a umidade e reduzir o crescimento de ervas daninhas, tudo ao mesmo tempo. No entanto, existem algumas desvantagens. Em climas úmidos ou frios, a cobertura morta pode causar problemas. Também pode ser muito trabalhoso/custoso arranjar matéria orgânica suficiente para manter uma cobertura espessa no solo, uma vez que estará continuamente a se decompor e poderá necessitar de ser reaplicada.
- Cultive suas plantações perto o suficiente para sombrear as ervas daninhas. Se você seguir as recomendações de um bom espaçamento entre as plantas, a copa da planta se fechará e impedirá o florescimento de todas as ervas daninhas, exceto as mais resistentes. Então você só precisa se preocupar em manter as passagens desimpedidas. Algumas plantas, como batata-doce e abóbora, farão um bom trabalho cobrindo tudo – até mesmo áreas que você não quer que sejam cobertas!
- Plástico ou tecido para a horta é outra opção para manter o solo coberto. Novamente, algumas desvantagens estão envolvidas, como o custo dos materiais, o esforço necessário para depositá-lo e removê-lo no final da temporada e problemas de descarte. Portanto, só usamos essas coberturas quando nenhuma outra opção parece ser mais eficaz. Por exemplo, nossa experiência mostra que morangueiros cultivados em canteiros elevados, cobertos de plástico, se saem melhor do que qualquer outro método que já experimentamos.
- A opção mais empolgante para o bloqueio de ervas daninhas que encontramos é semear culturas de cobertura ou “adubo verde” em canteiros e caminhos. Se for feito da maneira certa, você terá beleza, supressão de ervas daninhas e maior fertilidade do solo – tudo com muito pouco esforço. Ainda estamos aperfeiçoando esse processo, mas duas combinações que tiveram sucesso foram a semeadura de safra de couve com trevo, e a semeadura da plantação de milho com soja ou feijão-fradinho. Basta dar à sua safra principal uma vantagem de cerca de quatro semanas antes de semear a cobertura.
- Não se esqueça de manter o solo coberto, mesmo quando a temporada da sua horta terminou. Por exemplo, semeie uma cobertura de inverno de grãos ou leguminosas. O cultivo de cobertura é provavelmente a melhor e mais fácil maneira de aumentar a fertilidade do solo. Aqui estão alguns dos benefícios:
- Muitas vezes, é a maneira mais fácil e menos cara de adicionar matéria orgânica ao seu canteiro.
- Adiciona nitrogênio e forma húmus no solo.
- Previne a erosão do solo.
- Captura os nutrientes das plantas que, de outra forma, poderiam se dissipar.
- Estimula a atividade biológica do solo.
- Funciona muitas vezes como subsolador biológico, afofando solos duros.
- Melhora a estrutura do solo e a resistência à seca.
- E, como já mencionado, pode sufocar ervas daninhas. Algumas culturas de cobertura testadas e comprovadas incluem:
- Para o inverno: centeio, trigo, trevo carmesim e ervilhaca vilosa.
- Para o verão: feijão-fradinho, soja, painço, trigo sarraceno e sorgo/capim sudão.
6) Seja “positivo para plantas” em vez de “negativo para pragas”
O melhor controle de insetos é um solo saudável, que produz plantas saudáveis – assim como a melhor prevenção de doenças em humanos é um corpo saudável. As pragas de insetos são indicadores de plantas estressadas ou insalubres. Não “mate o mensageiro” antes de ouvir a mensagem. Então, invista na solução, como construir solo saudável ao invés de se livrar dos sintomas: os insetos. Embora possa parecer muito simplista, realmente funciona! Mas o solo saudável geralmente não é construído em um dia. Então, aqui estão algumas sugestões para o tratamento intermediário:
- Aprenda o ciclo de vida dos insetos e seja mais esperto que eles. Em nossa região, por exemplo, os besouros da batata não são um problema depois de 4 de julho. Então podemos plantar uma safra de batatas no outono, sem besouros!
- Use a rotação de culturas para minimizar os problemas de insetos e doenças. Devido a limitações de espaço, este artigo não pode abordar adequadamente a rotação de culturas aqui, mas o propósito básico desta prática de jardinagem útil, é tentar separar as famílias de plantas por tempo e distância.
- Use um arco com cobertura de plastico, que servem como barreiras físicas para proteger as plantas jovens.
- Use os inseticidas orgânicos Dipel ou Spinosad para lagartas, na família de brássicas (couve, brócolis, couve flor etc.). Extratos de Nim são uma outra opção interessante.
- Use sabão de coco como inseticida em pulgões. Mas antes de aplicar, experimente regar um pouco mais. Pulgões são atraídos por plantas com estresse hídrico ou ricas em nitrogênio.
- Experimente plantações sucessivas de abóbora para manter os percevejos sob controle. Em outras palavras, comece algumas plantas novas a cada mês, até cerca de três meses antes da geada do outono.
- Não se precipite na aplicação de inseticida, porque suas plantas têm alguns buracos nas folhas! As plantas podem lidar com uma quantidade razoável de danos causados por insetos sem que sua produção seja significativamente afetada.
7) Faça da sua horta um estilo de vida ao invés de um evento
Para a maioria dos jardineiros, “plantar uma horta” é algo que você faz em um ou dois dias agradáveis da primavera. Mas, que tal fazer disso um estilo de vida? Agora crescemos durante todo o ano com métodos muito simples. Você também pode! Eliot Coleman, que foi o pioneiro no despertar do interesse pelo cultivo durante o ano todo, mora no estado de Maine, com bastante neve no inverno! Não, não cultivamos tomate no inverno nem alface no verão, mas existem plantas adequadas para cada estação! Abaixo estão algumas ideias para você começar a jornada para a extensão da temporada:
- Use plantações de sucessão para estender sua temporada em ambas as extremidades. Por exemplo: a maioria dos tomates em nossa área é plantado no final de abril/início de maio (no sul do Brasil seria setembro/outubro). Mas você pode plantar tomates já um mês antes, cobrindo-os com uma cobertura de plástico. Você também pode plantar tomates até o fim de verão e comer frutas até a época da geada.
- Plante menos, com mais frequência. De quantas abobrinhas você realmente precisa de uma vez? Plantar algumas plantas a cada mês, até o verão, pode fornecer um suprimento constante de abobrinhas frescas, sem excesso!
- Procure saber quais plantações podem sobreviver ao clima frio em sua área. Muitos dos “verdes”, como espinafre e couve, são muito resistentes ao inverno. As raízes muitas vezes podem ser deixadas no solo, cobertas com palha para proteção.
- Use coberturas de plástico sobre arcos de PVC ou arame. Você ficará surpreso com a proteção que um tecido tão frágil oferece!
- Para safras de inverno você pode fazer “túneis baixos” simples com arcos de tubos. Coloque uma cobertura de plástico sobre os túneis para o cultivo de produtos durante todo o inverno! Segure o plástico com sacos de areia.
- Ao consumir alimentos nas estações certas do ano, você descobrirá que não precisa enlatar tanto. Por que comer de uma lata quando você pode comer direto da sua horta?
Bem, os sete “segredos” agora estão revelados. Cobrimos muitas informações neste artigo e provavelmente você está se sentindo energizado ou sobrecarregado! Mas não se desespere – comece de onde você está! Em seguida, faça melhorias conforme o tempo e o dinheiro permitirem. As plantas podem lidar com uma quantidade incrível de abusos e ainda assim produzir lindos frutos! Então, levante-se, saia e ande com Deus no seu jardim!
Este artigo foi publicado originalmente no Journal of Health and Healing, uma publicação do Wildwood Lifestyle Center.
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John Dysinger, junto com sua família e seu irmão Edwin e família, trabalham, brincam e ministram na Bountiful Blessings Farm, Williamsport, Tennessee.
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